quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um salto ao Peru. (27.07)


Ollantaytambo
Olá pessoas, inicialmente me desculpo pela inconstância recente no tocante aos posts. Há algum tempo que o acesso à rede de dados não se dá com tanta facilidade, e a tendência daqui para o norte não deve ser muito diferente. Assim que nos vemos quando podemos!!!

Estou há dois dias no Peru e novamente fizemos os ...kms que nos separavam de nosso último check point de maneira pouco ortodoxa para um blog que trata de uma viagem de bicicleta. Foram 65 extenuantes horas de ônibus, terminais e traslados de bagagem (com a Clotilde desmontada/empacotada) que pareciam nunca terminar. Ao final para descansar, já em terras peruanas, me atacou uma bruta diarreia com febre da qual me recupero agora em um albergue bastante simpático!

Manu e Nacho em Villason, Bolívia
Uma grande sorte ou sincronia, como prefiro chama-la, foi assim: Quando estava em Cruz de Caña, um bom amigo lá de El Bolsón apareceu também para dar uma força com a construção e por “pura coincidência” também iria ao mesmo encontro que eu no Perú. Seguimos juntos rumo norte e encontramos o Nacho, amigo de Manu na divisa com a Bolívia. Sem a ajuda dos dois eu estaria mal, pois nem a bicle desmontada e nem os alforjes não são nada cômodos para se levar nas costas!!!

Subimos de ônibus por atraso. Não vou entrar em detalhes de minha vida muito pessoal, mas basta dizer que os tempos em Cruz de Caña foram lindos e inesquecíveis pra que vcs compreendam os motivos! Foi uma viagem muito interessante, com direito a paisagens deslumbrantes e um ônibus freezer para atravessar a Bolivia. Agora estamos em Ollantaytambo, um vilarejo Inca maravilhoso rodeado de enormes e deslumbrantes montanhas cheias de ruínas.

Senhora Boliviana

Sinto algo que não sei definir no trato com os habitantes locais. Uma distância, talvez provocada por uma enorme diferença cultural. Talvez por algo mais, cheguei há bem pouco para concluir o que quer que seja. Mas hoje pela manhã, algo me tocou bastante. Caminhava cedinho e na praça uma senhora bem velhinha me pediu para ajuda-la a subir alguns degraus. Depois me agradeceu assim: Gracias Papito! (como: obrigado papaizinho).

Ollaytambo
Já sei que é comum por aqui dizer papito e mamita às pessoas, mas no fato de que uma senhora idosa trate uma pessoa bastante mais nova e com uma puta cara de gringo de papaizinho, percebi algo que me pareceu fantástico. Em um nível mais terrenal, algo que diz que todo homem é um pai, e que toda mulher é uma mãe potencial. Mas buscando mais fundo, me parece que isso poderia vir de uma profunda consciência das múltiplas vidas que uma pessoa pode ter em uma perspectiva reencarnatória.

kokopelli
Seja como for, aqui estamos. Amanhã vou para o local do encontro. Pra quem quiser dar uma olhada, se chama Kokopelli-Pachamama. Vale a pena conferir, trata de um assunto extremamente atual e importante para nossa subsistência neste nosso querido planeta, o do cuidado com as sementes. Depois conto como foi!!!














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