quarta-feira, 20 de junho de 2012

As coisas são assim... E uma Estufa Rocket no meio!



Pancho, Jeramy, Nicole e eu.
 Dias atrás ocorreu algo chato. Estávamos nos preparando para ver um filme quando a tela de projeção caiu encima do meu computador, rompendo o monitor. 

Nicole, a amiga que derrubou a parada, prontamente se ofereceu para pagar o conserto. Mas ficou aquela sensação estranha no ar... Eu bem sem grana pra bancar o conserto, mas ao mesmo tempo chateado pelo fato de que alguém tenha que pagar sozinho por um acidente em meio a algo que fazíamos em grupo.


Pancho alisando a parada
No dia seguinte, Nicole e Pancho iam ao Centro de Permacultura El Manzano, por onde passei na vinda a Santiago, para construir uma Estufa Rocket. Nicole não estava bem da barriga, e assim Pancho perguntou-me se eu não queria ir em seu lugar. Topei na hora, já percebendo a incrível sincronia presente no momento. Não só o dinheiro que receberia por este trabalho cobriria o conserto do computador, como eu aprenderia a construir uma Rocket.


Dutos para a fumaça
Para quem não conhece, isso é um tipo de “lareira” de alto rendimento. Pode-se aquecer um ambiente queimando muito pouca lenha (cerca de 1 kg/hora), além disso, a mescla de areia e argila empregada na construção oferece uma enorme massa térmica que continua irradiando calor por várias horas depois do fogo apagado.

Assim fomos ao sul e construímos a tal estufa em três dias e meio. Trampo enorme, tanto fisicamente como mentalmente, pois envolve cálculos e detalhes de alta precisão. Mas muito gratificante ver a parada pronta e tomar posse intelectual de uma fantástica ferramenta de trabalho que esta em acordo com minha visão de mundo pela grande economia de madeira que proporciona.

Cada vez mais me parece que cada merda que rola na vida já vem com uma semente de algo incrível escondidinha. Por vezes o presente tá ali, na hora, basta que estejamos abertos pra recebê-lo. Em outras ocasiões demora mais, ou pra que venha ou pra que nos demos conta, mas vem...


Mapa da coisa
 Hoje por exemplo, é possível que estivesse vivendo outra vida caso não me houvessem roubado uma querida Kombi que estranha e curiosamente me atava a São Paulo, isso nos idos de 2010. Neste episódio, “percebi” um sinal de que seria bacana cair na estrada, ou seja, sou grato ao ladrão!!! Em exemplos mais difíceis, vejo o caso de pessoas que por motivo de doença grave, aproveitam seus últimos momentos vivendo plenamente. Claro que algo tão radical quanto uma doença terminal é uma barra imensa para todos os envolvidos, mas pode permitir uma mudança proporcional no caminho de pessoas que viviam com o botãozinho no 1 de intensidade, meio zumbi...


A estufa pronta!

De tudo isso, espremendo bem creio que saem duas coisas. Uma merda é um presente dependendo de como se olha pra ela!!! A outra, creio que é meio assim: O universo só nos pede uma coisa, que vivamos plenamente... Caso contrario caem merdas/presentes na nossa cabeça pra que nos demos conta dessa regra básica! Beijo


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