sábado, 5 de fevereiro de 2011

Uruguay, um jeito de ser... (Parte 01)

Chegando
Inicio confessando minha agigantada ignorância que tende às generalizações, ainda que as evite. A verdade é que nunca pensei muito à respeito deste país. Conhecia zero da cultura, e nesta viagem, fazia parte de minha rota por dois motivos: O primeiro e menos nobre deles, é porque simplesmente estava no caminho, visto que queria descer para a Argentina costeando o Atlântico. O segundo é que mesmo sem maiores conhecimentos à respeito, todo e qualquer lugar me interessa. Então, dentro da minha cabecinha, no bem pouco em que fiz imaginar os viventes destas paragens, isto tinha que ver com gaúchos e futebol!

                Primeiramente peço desculpas aos gaúchos pelo que vou dizer, e ainda que generalizar não seja criar regras, ocorre muito que os habitantes do Rio Grande do Sul sejam relativamente duros. Pela proximidade geográfica e em alguns aspectos cultural, imaginava os uruguaios de forma semelhante. E isso se confirmava em minha cabeça pelas vagas lembranças que tenho de mundiais de futebol. Brasileiros ficavam possessos com a quantidade de penalidades que aplicava o time uruguaio.

Parador em Santa Tereza
Assim minha surpresa foi grande ao cruzar o rio Chuí e mesmo um pouco antes, logo ao entrar. A cidade se assemelha em muito às outras fronteiras com o Brasil que conheço. Uma certa disposição à zona generalizada, infinitas placas e carros andando na contramão. Mas, na primeira frutaria em que parei, já me deparei com uma doçura diferente nol olhos do vendedor. Perguntei-lhe quanto estavam os kiwis, e achando meio caro decidi ficar com pêssegos e bananas. E ele logo me ofereceu um kiwi para que o levasse...

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O carro em questão
E se sucederam variados detalhes deste tipo. Em um barzinho num canto de linda praia chamada Santa Tereza, perguntei se serviam café da manhã. O senhor me disse que sim, sentei-me e logo ele saiu, o que me deixou um pouco preocupado, pois demoravam a servir e eu precisava pedalar! Voltou e logo após me serviram café com biscoitos e alguns pãezinhos doces deliciosos. Fui pagar, e o senhor então me disse que ainda não estavam realmente abertos e que  por este motivo não tinham troco, e que havia ido buscar os pãezinhos somente para mim, e que por isso considerasse como um presente... Havia uma senhora vendendo produtos na beira da estrada. Sem saber ao certo o que eram, perguntei-lhe se tinha refrescos como marcava o cartaz. Disse-me que não, mas correu para dentro de sua casa e voltou com uma garrafa grande pela metade de refrigerante e me fez beber toda! Parei para ver o que uns tipos até meio estranhos faziam debruçados sobre um auto dos anos 50 completamente detonado. Logo estavam fazendo brincadeiras e me fazendo ingerir copiosamente uma beberragem de vinho tinto de caráter duvidoso com refrigerante e limão. (continua em 2 dias... promessa!)
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figura 02
figura 01
  




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4 comentários:

  1. maravilha te ver postar de novo! ja to ficando com saudade de viajar de novo hehehe

    abraco

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  2. Que delícia!
    Tenho uma amiga uruguaia que é um doce mesmo.
    Vás a Montevideo??

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  3. A felicidade não está só baseada nas relações humanas, mas quando estas são naturais, são incríveis.

    força nos gambitos!

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