quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um dia em Casapueblo e outros mais em Punta Ballena (parte 1)

Esse é um dos posts que escrevi em fevereiro passado e não publiquei. Aí vai:

O Octógono.
Foi assim, surpresa total, como acho melhor. Caí dentro do lugar, uma vez mais, ignorando o que era. Por indicação de uma de minhas "noivas" do Cabo Polônio, passei dois dias no Octógono, descobrindo ali que o sítio pertence à Ago Vilaró, filha do renomado artista uruguaio Carlos Paes Vilaró. Um lindo lugar, meio permacultura, meio colonia de ferias, meio ponto de encontro, palestras e parrillas, como se diz churrasco aqui. 

Galerinha de Punta Ballena
Na noite do segundo dia apareceram para um churrasco de hamburguers artesanais (e assim sigo traindo meus amigos bovinos em nome de compartilhar momentos...) feitos por Nick e Maddie (casal de incríveis dominadores de fogo vindos do noroeste norte-americano) e um casal de Montevidéu composto por Verô e El Negro. Findado o evento, muito simpáticos estes insistiram a que lhes acompanhasse ao aniversário de um companheiro. Assim foi meu primeiro contato com meus sobrinhos uruguaios com quem já vivi agora miles de coisas em pouquíssimo tempo cronológico habitual.

Aí estavam tocando música e bebendo cerveja calmamente. Acolheram-me de maneira muito carinhosa. Pouco depois, fecharam todas as cortinas e apagaram as luzes, enquanto eu me perguntava curiosamente que diabos se passava!!! Começam então a voar por todos os lados gotas de um líquido fluorescente que cobria paredes, objetos e pessoas com uma trama de estrelas. E assim, estrelas bailavam, cantavam e tocavam instrumentos. Houve então um momento para mim bem especial onde eu e Lenka, de um lindo sorriso com quem já havia cruzado olhares, como que pusemos nossas mãos cintilantes a dançar sem muito tocar-se, e naquele escuro total, o movimento causado era como um baile de constelações. Fui dormir com um coração pacífico e cheio de calor.

A Casa Pueblo de Vilaró
Como planejado na véspera, levantei acampamento, despedi-me dos octogonianos e em seguida passei pela casa onde estavam os gurizes para fazer o mesmo. Parti feliz e contente pelo que se passara. Subindo a primeira ladeira porém, haviam placas insistentes que assinalavam o Museu Casapueblo que abriga exposição permanente de Vilaró. Por estranho que possa parecer, sou curioso de forma parcimoniosa à respeito de Museus, mas nesta viagem, não me sinto atraído por esta ou quaisquer outras formas tradicionais de praticar turismo. Tudo que atrai montes de gente me faz buscar o sentido contrário. Mas restava o fato de que alguns dos companheiros que conheci no recente trabalhavam ali, incluindo Lenka. Tive vontade de despedir-me, ainda que já fosse meio tarde. E aí fui...

(Continua...)

2 comentários:

  1. ele voltou.....Nem li nada mas ja fiquei feliz....depois escrevo alguma besteira. Saudades hermano.

    ResponderExcluir
  2. Isso aí Zé...estou curtindo a relargada, depois deste ótimo intervalo no paraíso me parece que voltou com o gás total. Abs brodí. Beto

    ResponderExcluir