Esse foi um que escrevi há um tempo e que agora por coincidência sincrônica me encontrou durante a viagem parada. Curioso o fato de que meus intentos poéticos, ao menos vários deles, quando os leio no depois, já não parecem meus. Mas gosto deles, esses alguns, e aprecio a sensação de que não mais pertencem, a mim ou a ninguém, ainda que talvez escrito com destinatário, e sim a todos. Esse aqui é pra vc, que em suma, é todo o mundo:
Descalço de sentimentos, me sinto...
e assim me sonho sendo.
Ao longe, me passa o tudo
pisco de um olho e confundo
lançando o silvo e o som.
Um uivo me ouriça o sêmen
quase distante se acerca o ocaso
já sei bem sobre a noite
quisera fosse dia adentro
quiçá o barulho no ventre é o quase
que faz anuncio de um sol
borrando algumas notas ventadas
passadas com certo descuido
pelo músico que desconhece o espaço...
Esse nada que é berço de tudo
e que com voz inaudível,
simples e objetiva
acorda aquilo que é...
Ali, deixo de me saber
de te saber até,
vez que sempre foste tão sólida
tamanha tua imaterialidade
tua tão completa e impossível inexistência calou em mim.
Mas até o já,
isso é sempre por breves infinitos segundos.
E essa vontade de contrapor idéias
que mais parece pretensa ilusão poética
toma formas absolutamente reais
dentro e fora de todo o imaginário
que constitui meu zilhão de castelos de areia.
Teimam em reconstruir-se
sozinhos, como se um vírus
me pudesse entender melhor
que esse bando de coisas e jeitos
que tenho a mania de associar a mim mesmo,
seja lá o que mim queira dizer, ou ser.
Onde chegar com isso,
quando não se sabe ao certo
se a largada foi dada.
E caso tenha sido, terei ouvido?
E se nem surdo nem atardado, terei andado?
E isso supondo feito
desconfio que me faltou tato
pra perceber o jeito.
isso é sempre por breves infinitos segundos.
E essa vontade de contrapor idéias
que mais parece pretensa ilusão poética
toma formas absolutamente reais
dentro e fora de todo o imaginário
que constitui meu zilhão de castelos de areia.
Teimam em reconstruir-se
sozinhos, como se um vírus
me pudesse entender melhor
que esse bando de coisas e jeitos
que tenho a mania de associar a mim mesmo,
seja lá o que mim queira dizer, ou ser.
Onde chegar com isso,
quando não se sabe ao certo
se a largada foi dada.
E caso tenha sido, terei ouvido?
E se nem surdo nem atardado, terei andado?
E isso supondo feito
desconfio que me faltou tato
pra perceber o jeito.
Sim, a coisa é meio perdida amigos, e espero não ter te aborrecido especialmente com tantos mims e meus e minhas!!!Tanto melhor que isso me tenha encontrado agora, quando pareço mais achado, ao menos a quem mais me procura. Beijo e até breve.
Grande Zela..sempre presente, ou nem tanto. Vc nunca nos chateia, pelo contrário, sempre nos presenteia com seus devaneios, pensamentos, sonhos, crenças e descrenças. E que não pare nunca. A India esta logo ali e não importa chegar, o importante é IR.
ResponderExcluirAbs hermano.
É isso aí, nando, assino embaixo.
ResponderExcluirbeijo, filhão!