sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A conquista do Cabo Polonio, um lugar fora do tempo... (parte 02)


Musicos na praia
O sumisso da bola de fogo
Chegando lá, verdade que havia um bom tanto de gente, mas nada de chocante. O que passa é que o grosso de pessoas só passam o dia ali, e como este já findava, eles sacolejavam embora nos gigantes jipes. Chegar já foi um choque, pois o sol estava prestes a se por ali por volta das oito e meia, e  um grupo de jovens tocava músicas caribenho-latinas com uma energia e qualidade tremendas! Momento lindíssimo, um por do sol no mar tão maravilhoso ao som de Buenas Vistas e afins com um trompete incrível além de violão, percussões e vozes. Pessoas dançavam de forma muito livre e alegre. A música acaba e o sol se prepara para fundir-se ao mar no horizonte. Deixei os leões para amanhã, fiz-me invadir pela beleza e tranquilidades provocados pelo sumisso da bola de fogo e adentrei a simpática vila.
               
Rancho do frances, mais chique que a media...
Los Nietos de Borges
Isto sim era algo!!! Casinhas muito simpáticas chamadas ranchos, pintadas e decoradas de forma agradável, criativa e original dispunham-se de forma completamente aleatória sem nada que as cercasse. Ausência total de ruas, sendo o chão todo gramado com algumas sendas de areia. Só isto já parece passar ao cérebro códigos intensos de liberdade expressiva. Cheguei faminto a um barzinho onde músicos se aprontavam para tocar. Perguntei-lhes sobre algum pouso e me disseram que o dono de uma pousadinha das mais economicas viria em breve ao concerto. Pedi uma torta e uma cerveja e os consumi tranquilamente. Ao fim sentei-me ao chão para mirar o concerto e logo duas uruguaias convidaram-me a unir-me a elas e a um jovem que também acabara de conhecer-las. Falamos um pouco enquanto tocavam "Los Nietos de Borges" um grupo portenho bastante original e muito divertido, além de agradável.
               
Com as meninas de Rosario
Fui buscar outra cerveja e voltando, havia uma garota em sobre a almofada em que estivera à pouco. Chamava Carolina e me apresentou a seus amigos todos provenientes de Rosário com quem fazia circo. Ao fim do concerto fomos comer mais tortas e beber um pouco de cerveja na praia. Conversamos agradável e ao final quando iam dormir, perguntaram se eu já tinha algum pouso. Disse que não e fui convidado a compartir-lhes a tenda. Acabamos por dormir fora dela sob uma bruta quantidade de estrelas como não vira há muito. Rimos ao dizer que era um hotel de milhares de estrelas! enquanto tentávamos aconchegar três pessoas em um colchão de solteiro elas me perguntaram se eu imaginara antes que iria dormir com duas garotas. Respondi que fora a primeira coisa que me passara pela cabeça naquela manhã e tivemos mais risadas. Dormi muito mal, como se pode imaginar, mas com uma ótima sensação de proximidade e carinho completamente independentes de necessidades e interesses abraçado às minhas novas irmãzinhas.
               

Colorido atras dos ranchos
Me acordou um lindo sol nascendo e brilhando nas gotinhas de orvalho da vegetação semi-desertica  em volta  e logo fizemos um fogo para esquentar e tomar uns mates. Encontramos o restante do scircenses de Rosário, comemos algo e fomos à praia norte pegar uns jacarés. A água do mar uruguayo é muito fria, deliciosa, acorda tudo. Depois fomos ao rancho de um casal bastante simpático. Comprei uma cerveja e uma soda de limão, que mesclados constituem uma clara para espanhóis, e que me é muito agradável. Depois fomos ao rancho de Rosário, uma artista plástica que aí vive. Tomamos mates, tocamos e cantamos com outros amigos dela e brincamos com os filhos destes amigos. Um lindo por do sol nas dunas findava um dia que assim contado não deve soar dos mais interessantes, mas que esteve cheio de alegria e tranquilidade em meio à uma sábia simplicidade. (Termina em 2 dias...)

2 comentários:

  1. Olá Erich, estou conhecendo o seu blog, é adoravel, seus textos , suas fotos, viajo junto.

    Um grande abraço

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